(*) Imagem: Google
O jantar foi um martírio. No momento em que um renomado psicanalista se acomodara frente a ela, Luísa mergulhou em aflição. Por que não um engenheiro? O psicanalista tentara iniciar a conversa, perguntando se Pedro seria seu irmão. Luísa olhou para o marido como quem observa um parente distante. Ele sorria desenvolto ao lado de uma morena extrovertida. Ela sentiu inveja das mulheres enciumadas, e das pessoas que simplesmente se divertiam ali, como se fosse muito importante ser o que eram. Diante do estranho silêncio da mulher, o psicanalista repetiu a pergunta. Luísa, que até aquele instante nunca expressara o vazio ao lado de Pedro, foi surpreendida por seu ato falho. Ao invés de falar que eram casados, ouviu-se, perplexa, responder:
– Somos maridos.
Sensacional Dolce, o que faz a mente que vaga.Muito bom.Grato sempre pelo carinho e cá estou me deliciando com suas criações curtas mas profundas e inteligentes com sua marca.
ResponderExcluirCarinhoso abraço.
Bom fim de semana.
Bjo.
O que me encanta em Dolce é o seu modo de construir o inesperado.
ResponderExcluirCarinho,
Jorge
Pois é, acontece..., abstração, beijo de zélia
ResponderExcluirDá pra visualizar a cena... Tin tin por tin tin
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