No quarto ano de Psicologia Clínica, uma vez por semana, nos deslocávamos do prédio da faculdade para cumprir estágio num hospital psiquiátrico. Enquanto aguardávamos o professor no jardim da instituição, um dos internos aproximou-se de uma aluna e perguntou onde estavam as balas. Ela respondeu que não tinha bala alguma. Contrariado, o paciente deu um tapa no rosto da moça. Na semana seguinte, ao passar por ele, a estudante adiantou-se:
― Trouxe as balas.
― Balas?
Mais uma vez, ela levou um tapa no rosto.
Esse episódio me levou a pensar nas situações (fora dos muros de uma instituição) em que de nada adianta "ter ou não ter as tais balas". O resultado será o mesmo.
(*) Imagem: Google
Concordo com vc e fica a pergunta, até quando vamos ficar levando porradas?
ResponderExcluirÓtimo texto.Bjs!
Dolce Vita, rs...rs! Você tem razão. Quase sempre o mais importante é o tapa na cara. Tem horas que o melhor é observar e ficar quieto, não é?
ResponderExcluirAbraço grande
Manoel
Onde será o verdadeiro hospício? Dentro ou fora?
ResponderExcluirA realidade é apenas um ponto de vista...
Bjs
Incrível!!Forte e intensamente lindo!beijos,chica
ResponderExcluirela apenas delegou muito poder e atenção a outrém...se esqueceu de se focar! I think...
ResponderExcluirSem o parágrafo final, seria um koan zen.
ResponderExcluiré bronca meu veio
ResponderExcluirPreso por ter cão, preso por não ter. Difícil situação. Na rua após o tapa, ele estaria sujeito a outro tipo de bala. Abraços
ResponderExcluirHá casos, de facto, onde nada adianta "ter balas" ou não. Estamos certas vezes tão afastados da realidade dos outros!
ResponderExcluirInteressante história.
engraçado... passei recentemente por uma situação onde eu sei que, fazendo a ou fazendo b, o resultado seria o mesmo X.
ResponderExcluirseus contos enriquecem a minha vivência.
um beijo.
De nada adianta discutir com um insensato, ou tentar agradá-lo.
ResponderExcluirVita,adorei o seu conto e aqui fora tem mais loucos do que no hospício!...rss...e bem a vida como ela é!bjs e meu carinho,
ResponderExcluirHá muitas situações em que o resultado final será sempre o mesmo, ou seja, preso por ter cão e por não o ter...
ResponderExcluirGostei do teu blog e dos posts que li.
Beijinhos.
De este relato has logrado un gran reflexion
ResponderExcluirBueno
Un abrazo
as circunstâncias mudam. o momento é único. beijos
ResponderExcluirQuase nunca tenho as balas,
ResponderExcluirmas quase sempre levo na cara.
Olá, parabéns pelo blog!
ResponderExcluirA Audrey Hepburn era linda, nossa.
Gostei da postagem!
Se você puder visite este blog:
http://morgannascimento.blogspot.com.br/
Obrigado pela atenção
"Ao vencedor, as batatas"
ResponderExcluir(Machado de Assis)
;)
Dedução interessante...e alguns precisam levar dois (ou mais) tapas para aprender (quando aprendem). Um abraço!
ResponderExcluirO tempo muda , as atitudes nem sempre, perguntas e atos se misturem em delicadeza e grosseria...
ResponderExcluirVenho de blogs amigos por ai e por aqui fico se me permitir..
Abraços e um ótimo feriado pra ti:)
Há situações que não temos como fugir..
ResponderExcluir...um beijo!
Foucault que o diga.
ResponderExcluirCom ou sem balas, a vida é a mesma dentro e fora das instituições. Essa observação não lhe foi ensinada na faculdade… Algumas coisas a gente só aprende com maturidade e uso contínuo da massa encefálica.
ResponderExcluir"Preso por ter cão e preso por não ter cão". Este um velho Ditado Popular que quer dizer que o sobriedade de atitudes depende do momento.
ResponderExcluirEste mundo em que vivemos, é, por si mesmo, um Hospício.
Bom, o teu Conto.
Beijos
SOL
Nada tem relação direta e reta com o que ontem nos serviu de base.
ResponderExcluirBela criação amiga.
Abraços.
na vida muitas vezes é assim!
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