segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bodas de Silêncio



O tempo passava com a velocidade da areia, em queda, numa ampulheta que vertia o ranço dos descuidos. Uma espécie de gatilho pronto a disparar o fim da relação. O estampido nunca foi notado. Distanciaram-se tanto que não se ouviam mais.

(*) Imagem: Google

8 comentários:

  1. UM CONTO CURTO QUE PODERIA PREENCHER PÁGINAS E PÁGINAS DE VIDA! PARABÉNS!

    ResponderExcluir
  2. Precisão e concisão duas características excepcionais que você explora com maestria nos teus contos. Parabéns, JAIR.
    PS - Convido-a a ler meu mini conto que publiquei hoje no "Poetas de Marte" http://poetasdemarte.blogspot.com.br/2012/06/mini-conto-mulher-objeto.html

    ResponderExcluir
  3. Forte silêncio..Lindo!!beijos,chica

    ResponderExcluir
  4. Um breviário, muito bem dito, presente na velada sociedade dos casais em status quo (zona do conforto).
    Beijos!

    ResponderExcluir
  5. Esse silêncio que deixa surdo os ouvidos, os olhos e o coração e é só ausência deveria ter outro nome: Descuido? Indiferença? Inércia? Medo? Apatia? Conformismo? Desistência?...
    Já o Silêncio, este é a fábrica da palavra-poética. Este Silêncio pode ser a presença mais efetiva e afetiva que há. Não tenho dúvida que é deste Silêncio que brotou a criatividade, a sensibilidade e a beleza deste conto.

    ResponderExcluir
  6. Inimigos íntimos sem ponto final.
    beijo!

    ResponderExcluir
  7. Sabes compor desfechos magníficos!

    ResponderExcluir