sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Amigo de Adolfo Valentino



Adolfo Valentino tinha um amigo que vivia mergulhado em problemas. No entanto, apesar de sempre procurá-lo, nenhum de seus conselhos era aceito. No final daquela tarde, exausto do trabalho diário, encontrou o insatisfeito de plantão, que — para variar — reclamava das adversidades insolúveis em sua vida. 

 Não aguento mais tantos dissabores. Preciso conhecer a paz. 

Diante daquela conversa sem saída, afinal nada do que dissesse faria sentido nem diferença, Adolfo Valentino — um homem prático por natureza —, após a vigésima repetição das palavras "conhecer a paz", concluiu:

 Atormentado desse jeito, nem na capital da Bolívia você irá conhecer "la paz". 

11 comentários:

  1. Era tão lúcido que sabia que "la paz" dos insatisfeitos é extracorpórea. Abraços e parabébs, JAIR.

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  2. rsssss...Sempre maravilhosa!beijos,chica

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  3. Procurava a paz fora
    Enquanto ela gritava em seu interior...

    A paz está mesmo dentro de nós
    Ainda mais em dias de caos exteriores.

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  4. Ele procurava a paz fora
    enquanto ela gritava em seu interior...

    A paz está mesmo dentro de nós
    ainda mais em dias de caos exteriores.

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  5. adorei! E olha que tem gente assim que não acaba mais...beijos

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  6. De fato, seu tom é a ironia. Em alguns contos se aproxima do sarcasmo. Mas não é humorístico, para dar gargalhadas, e é, com certeza, literário.

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  7. Eu adoro os nomes que você| dá aos seus personagens!!rsrs.
    Bom demaisss!! Bjss

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  8. Bastante ironico, pero asi es la vida
    Un abrazo

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  9. Gostei muito, é bom curtir essa "Dolce Vita".
    Te sigo, bjs

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