sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Último Desejo



Deixarei para Astolfo Henrique meu uniforme de escoteiro. Para a querida Hemengarda Gladys, o broche de veludo violeta, lembrança das Bodas de Ametista de meus avós paternos. Epaminondas ficará com meu animal de estimação, o crocodilo Xantipe. A adorável quituteira da família, Josephine Joanette, receberá a panela de barro onde foi preparada minha primeira papinha. E à caçulinha Genoveva Jamille, deixarei a maçaneta de porcelana do quarto de mamãe. Todos os outros bens, joias, objetos de arte e valores monetários serão destinados ao governo para patrocinar a Guerra do Paraguai.

(*) Imagem: Google

9 comentários:

  1. Ótimo hein. A parte da Josephine Joanette ficou boa demais. hehe

    ResponderExcluir
  2. Eu faria a mesma coisa: mandaria o que tem valor para a Guerra do Paraguai... :D

    ResponderExcluir
  3. passou a vida sem se doar a nada e quando o fez, queria patrocinar uma guerra. dá o que pensar, Dolce. (Guilherme Kalil)

    ResponderExcluir
  4. Vita,sempre um conto muito interessante e com inesperado final!Eu adorei e seus contos fazem sucesso no meu blog tb!Bjs e bom fim de semana!

    ResponderExcluir
  5. À guerra ou à paz, os bens e os bens.

    ParaBENS! :)

    Beijos!

    ResponderExcluir
  6. Prendam esse homem antes que ele morra...kkkk
    Beijo
    Ivany

    ResponderExcluir
  7. KKKKKKKKKKKKKKKKKK Já ouvi histórias bem parecidas. Nunca contadas por uma profissional dos contos como Dolce Vita, claro.

    ResponderExcluir